Daí, navegando lá pelo Tuíter, vi uma notinha da VEJA a respeito da possível proibição de um livro de Monteiro Lobato nas escolas brasileiras;
VEJA : Livro de Monteiro Lobato pode ser banido de escolas http://migre.me/1QSgm
Me recuso a reproduzir o texto aqui, mas disponibilizo o link para quem quiser olhar tamanho despautério;
É só a coisa mais estapafúrdia que tive a oportunidade de ler nos últimos 10 anos.
Gente que procura nos outros o seu próprio racismo. Justificam sua maldade tentando fazer crer que a maldade está no outro;
É como alguns ditos "religiosos" que passam a vida procurando apontar o "demônio" na vida e obra alheia, ao invés de se preocupar em fazer a obra do seu Deus.
A falta do que fazer desta senhora Nilma Lino Gomes, professora da Universidade Federal de Minas Gerais, chega às raias do absurdo: voltamos à inquisição, é hora de queimar livros em praça pública e lançar um novo Index Librorum Prohibitorum, para que as pessoas não possam mais ser educadas e livres para pensar. A dita acusa Monteiro Lobato de racismo (!!) na Obra “Caçadas de Pedrinho”;
De acordo com a referida, “os traços racistas da obra estariam na forma como se refere à personagem Tia Nastácia e a alguns animais, como o urubu e macaco.”
A frase "Tia Nastácia, esquecida dos seus numerosos reumatismos, trepou, que nem uma macaca de carvão" não implica pejora-la pelo fato de a personagem ser negra.
Não é possível que se veja nesta frase uma intenção do autor de denegrir a imagem da personagem ou de toda uma raça, que inclui gente do mundo inteiro, de um Continente inteiro, descendentes, mestiços.
Há que se avaliar TODA a obra de Monteiro Lobato e perceber o quão amada e e respeitada é Tia Nastácia, por todos os personagens. Distorcer as palavras do autor e condenar uma obra por não conseguir conter o próprio racismo, é simplesmente ridículo e inaceitável;
Na frase "Não é a toa que macacos se parecem tanto com os homens. Só dizem bobagens.” está implícita uma alusão à toda humanidade. Isso inclui negros, brancos, amarelos, pardos. A menos que só existam negros entre "os homens", na concepção da referida professora;
Tal qual o “Pastor” Terry Jones, imagino que chamar a atenção desta forma, é um estratagema de quem precisa de acompanhamento psiquiátrico com urgência e permanência.
Ao invés disso, senhores, preocupem-se em realizar mais treinamentos aos professores deste país para combater o bullying (que não acontece só com afro-descendentes), para ensinar a tolerância, a amizade, a indistinção entre raça, credo ou opinião;
Preocupem-se em EDUCAR as crianças, e não em proibir livros.
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