sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Colidindo Hadrons

 

CMS_Higgs-eventOs cientistas explicaram a finalidade do Grande Colisor de Hadrons (LHC), e antes das primeiras experiências a preocupação de algumas correntes científicas era de que poderia ser obtido como resultado o inverso do Big-Bang, ou em suma, o fim do mundo. Não importa o quão “controlado” pudesse ser o ambiente interno do colisor, o resultado poderia ser imprevisível e destruidor;

 

As mudanças que ocorrem atualmente no planeta não são creditadas aos experimentos científicos, mas está aí para quem quiser ver um sem número de catástrofes “naturais”, que ao meu ver estão provendo uma “purga” necessária ao mundo. É um ciclo de renovação, de mudança intensa, de novos meios, de novos pensamentos.

 

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As azaléias costumavam florir em setembro, agora nos primeiros dias de agosto já exibem sua majestada cor-de-rosa;  O próprio mês de agosto era o mais frio do inverno (principalmente aqui no Sul), e há algum tempo tem registrado as temperaturas mais absurdas para a época (chegamos a 35° em alguns dias esse ano);

 

Bem, mas eu falava da colisão de hadrons.

 

As coisas mais estáveis deste mundo, não são assim tão estáveis; A física e a química têm nos mostrado nos últimos anos de pesquisa e desenvolvimento que o que acreditávamos imutável é relativo, o que parecia sem fim é finito, e que na verdade não sabemos nada sobre nada, até o momento de coldir hadrons.

 

Científicamente, para colidir hadrons é preciso um grande preparo, aparatos e apetrechos, um ambiente “controlado”. Metafisicamente falando, trazendo a expressão emprestada para o mundo individual, também precisamos colidir hadrons para saber a origem de tantas coisas em nós mesmos: precisamos de uma preparação para esse “evento”. É  necessário que estejamos conscientes de que muitas das nossas descobertas acerca de nossa natureza destruirão as idéias falsas que tínhamos antes, é preciso que nossa mente seja um “ambiente controlado”, é preciso que nossas emoções sirvam de “aparatos e apetrechos” de estudo e monitoramento do resultado.

 

Colidir hadrons é para os fortes e corajosos; Se você tem medo do fim do mundo, ou da imprevisibilidade do resultado, pode ficar aí perdendo a vida naquele trabalho que você detesta, fingindo que gosta das piadas repetidas daquele amigo/conhecido/parente, assistindo Zorra Total no sábado (é no sábado?) e Domingão do Faustão no domingo (esse o nome parece óbvio.. rs), comentando BBB, as fofocas das Celebs, reclamando da corrupção dos políticos, falando sobre o tempo com as pessoas no elevador, fingindo que o mundo não está girando, que você está satisfeito com tudo que “adquiriu”; Amanhã, quando você morrer, todas estas “conquistas” ficarão aqui no mundo físico, rindo de você e da sua ingenuidade de achar que “possuía” alguma coisa. Você pode desperdiçar a sua vida toda, achando que sabe o que está fazendo ao cadenciar uma rotina cotidiana, para não ver que até as flores mudaram, quebrando as “regras” ao florir fora de época, que as estações não são mais definidas, e que a colisão de hadrons para um novo Big-Bang está a pleno vapor.

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Oh! Estou quase colidindo os seus hadrons, me desculpe. Não tinha a intenção de fazer isso sem sua permissão. (ou tinha?)



1196091720_mascaras_de_teatro2Mas… Não é impressionante?  Algumas das mentiras que você tem contado a si mesmo (e pior: tem acreditado!!) podem desaparecer e abrir um horizonte mais amplo, uma percepção extra e refinada de tudo, SE você  deixar de lado aquela corrente científica que apregoa o medo do imprevisível, extamente como os construtores do LHC fizeram.

 

 

Só percebemos o quanto a vida é preciosa, só vemos o real valor, quando deixamos que o imprevisível aconteça;

 

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Eu estou colidindo hadrons, há algum tempo. Os resultados estão cada vez mais imprevisíveis, mas as descobertas sobre a origem da vida e do meu cosmos interno são impressionantes, extraordinárias; Há destruição, mas há também renovação; Que bom que não dei ouvidos às correntes entusiastas do medo, da rotina, da convenção e da mesmice.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O Gato Amarelo

 

Estou precisando fazer algumas revisitações, para concatenar adequadamente minhas linhas de raciocínio atuais. 

329Como todos sabem, os amarelos são os melhores;

E eu encontrei aquele vira latas lindo e manhoso, que miou me chamando pra dar um rolê; Tentei resistir, mas acabei cedendo.

E babando por ele, me embrenhei nos becos e ruas estranhas, me perdendo da minha condição de bicho castrado e domesticado.


 

Eu aprendi muito com gatos. Aprendi o respeito à escolha alheia. Tudo tem que ser delicado, nada de movimentos bruscos. Eles são exatamente como nós. Nós detestamos puxa-sacos. Detestamos que nos obriguem a fazer algo que não queremos na hora que não desejamos;

E mesmo assim, mesmo concordando e respeitando, constatei:  O Gato Amarelo era é arisco. E gatos ariscos NUNCA, vejam bem, NUNCA são, nem serão domesticados (na concepção total da palavra). Mesmo  que ele adore os seus carinhos, mesmo que procure a sua companhia, ele NUNCA morará na sua casa de fato. Ele NUNCA será SEU. E você sempre terá momentos de angústia quando ele sumir por dias, quando estiver mal-humorado e não quiser seu colo nem seu cafuné, quando ele preferir ficar na chuva, no vento ou no frio. A sensação de liberdade que ele cultiva (embora ilusória), é a prisão de quem o ama;

Porquê considero a sensação falsa? Porque veja bem: gatos que são bem cuidados, que não dormem na rua, que se alimentam bem (sem exageros nem porcarias), que ganham carinho e atenção, vivem mais. Gatos que vivem nas ruas, estão sempre esfolados, são maltratados, mal vistos, às vezes perseguidos, se metem em encrencas desnecessárias, correm muito mais risco de serem envenenados, e vivem muito menos.

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Com gatos ariscos tudo tem que ser muito devagar, muito elogio, muito carinho, e ainda assim é uma luta perdida. Você o amará incondicionamente,  mas ele te amará condicionalmente (só quando ele quiser, só quando ele tiver fome, só quando ele achar que você mereça, e você nunca merece).

 

Quando recuperei a identidade, percebi que estava no habitat errado. Implorei para que ele fosse comigo, mas ele me olhou dos pés à cabeça, e disse: “Quer ir embora? Vai. Eu não quero ir com você. Gosto mesmo é de viver perigosamente, inconsequentemente, irresponsavelmente. Sou livre e não quero ser prisioneiro”.

“Você não será prisioneiro”, argumentei. “Só será cuidado, terá uma casa, uma referência. Alguém para olhar por você”. 13

“Você está tentando me enganar”, ele disse. “Não sirvo pra isso, adeus”.

E eu voltei com meu belo rabo felpudo entre as pernas, debaixo de chuva, suja, esfomeada, cansada, triste e mais arredia, para meu pote de ração, meu pote de água limpa, minha cama macia, fofinha e quente;

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Aí a gente espera a novidade do dia seguinte, come, pensa que na próxima vez, deve comprar algo mais gostoso;

Cruza os dedos pra encontrar o grande amor da sua vida no novo curso de qualquer coisa (que vc resolveu fazer pra ocupar o vão), experimenta lançamentos, percebe algumas roupas velhas e vê que precisa de novas, aguarda ansiosamente o salário no fim do mês, discute com a família, pensa e faz as pazes, ou passa um bom tempo ausente.

Fica insatisfeito com o presente, mas tem certeza que o mês seguinte prometerá grandes surpresas, vive agosto para setembro, setembro para outubro... A gente critica o capitalismo, comunismo, anarquismo, budismo, catolicismo, todos os ismos, e não criamos uma própria crença. Esperamos o Carnaval, o São João, o feriado daqui a duas semanas, os preparativos para o ano novo com análises no amor, trabalho e amizade. Se há decepções, mudamos o estilo do cabelo e o círculo social.

E assim a gente vai levando. Muitas das ações vazias são formas de preencher esse espaço escuro e enigmático da vida. É necessário para nós a criação de desejos, pois, assim, a esperança em uma paz pessoal pode ter um fundamento, mesmo que seja um tanto desesperado.

 

Mas para isso, será necessário colidir hadrons, e criar um buraco negro que consuma tudo, ou afinal recriar o princípio da vida, e começar do começo de novo.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Status de Relacionamento

 

 

Quando o que a gente sente não importa mais , não vai mais fazer diferença , o melhor é resolver por dentro, sem falar nada e se falar que seja muito pouco.
Existe o sofrimento porque o borboletas saindo de um poteoutro não te quer mais e existe o sofrimento porque vc não quer mais o outro ou ambos não querem mais a relação . Quem não quer mais também sofre. Sofre sim. Sofre pela frustração das coisas não terem dado certo e pelo sentimento ter mudado ou acabado. Não é pela pessoa que "perdemos", mas pelos filhos desejados e não concebidos, pelas viagens planejadas que não foram executadas , ou seja, pelos sonhos que não se realizaram . .. Aí vem a hora de recomeçar , de continuar exatamente do ponto onde paramos . Parar e lembrar o ponto exato é difícil , mas parece que é o segredo para realmente continuar sem nunca desistir do que é mais importante : ser feliz.

( Laura Astrolabio)” 

 

Hora de deixar as Borboletas voltarem para seu Fantástico Mundo… deixar elas saírem de mim…

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