sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Songs for you, truth for me

 

Foi só piscar o olho
E eu me apaixonei enfim
No meio da fumaça
Ele também gostou de mim

O tempo foi passando
E o nosso amor saiu do chão
E eu fiquei tão grande
E mastiguei meu coração

Dessa vez não tive medo
Mesmo assim, não disse "sim"
Percebi o percevejo
E deixei cravado em mim

Só eu sei o que é melhor pra mim
Ás vezes é mais saudável chegar ao "sim"
Chegar ao "sim"
Só eu sei o que é melhor pra mim
Ás vezes é mais saudável chegar ao "sim"
Chegar ao "sim"

No meio da euforia
Aquele alguém me protegia
Mas não foi por acaso
Que o encanto se quebrou

O tempo foi gastando
O que não era pra durar
Como se eu soubesse
Não era amor pra todo dia

Dessa vez eu tive medo
Mesmo assim eu disse "sim"
Percebi o percevejo
E deixei cravado em mim

Só eu sei que foi melhor assim
Ás vezes é mais saudável chegar ao "fim"
Chegar ao "fim"
Só eu sei que foi melhor assim
Ás vezes é mais saudável chegar ao "fim"
Chegar ao "fim"
Só eu sei que foi melhor assim...

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Entre tantas coisas

 

É estranho eu relatar cena após cena de como eu fui compondo esse texto.

Apaguei as duas primeiras letras, e despejei tudo o que eu queria dizer pra você em sequência. O texto ficou truncado, e eu achei que nada poderia expressar melhor esse nó seco na garganta.

Nunca lidei bem com rejeições, e você nunca soube se comunicar direito. Deixa pra depois. Eu te ligo. Surgiu um imprevisto, me desculpa. Depois a gente se fala. Me manda um e-mail. Era mais fácil ter me dito que tanto faz.

Alguma vez você já terminou algum dos seus planos sem interromper outro? Ou você sempre foi meio assim… pela metade? Não tenho nada de novo pra contar, não.  Não quero manter uma pasta com esses momentos todos armazenados, arquivados ou qualquer coisa do tipo. Não quero passar por nenhuma recaída. Mas eu tenho acordado todos os dias às 5h da manhã. Daí eu ligo a TV e abro o jornal. O jornal local é péssimo.  Abro o e-mail e checo a minha caixa de entrada. É bem verdade que eu corro os olhos por tudo isso sempre, pra encontrar você ou alguma pista do que eu me pergunto todos os dias. Por que ele me deixou ir embora?

O problema é que você nunca enviou aquele tal e-mail. Nem me ligou. Nem apareceu para provar que eu estava errada. Não notou a minha falta e nem revirou o meu lixo em busca das dezenas de folhas de papel amassadas. Nem desamassou algumas delas pra perceber que eu ensaiei uma despedida e só queria mesmo é que você me impedisse.

Nem me consolou quando fugi desesperada para o aeroporto, e eu embacei as lentes dos óculos com um choro baixinho, pra ninguém notar que eu não tinha de quem me despedir. Você deletou tudo como se fosse um anúncio importuno ou um cavalo de tróia. Eu ainda esperei que ele tivesse ido parar na minha caixa de Spam. Mas tinha nada. Nunca teve e nunca chegou aqui. Não deve ter lido aquele, e nem os outros que eu não enviei. Você jogou aquele e-mail na lixeira.

E o nosso amor ficou pra sempre no rascunho malfeito da minha caixa de entrada…

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A Morte do Amor


O que acontece quando o AMOR morre? Alguém está presente para lhe apresentar os pêsames, ou sugerir algo que o substitua?

Fiacamos mesmos incrédulos diante da morte do amor. Primeiro, porque não se acreditava que esse AMOR pudesse correr qualquer risco. Segundo, porque esse sintoma não se manifesta de forma agressiva, num primeiro momento. Nem se faz presente através dos acessos de ciúmes ou briga passageira. Se disso, nos apercebêssemos, com certeza faríamos de tudo para salvá-lo. É óbvio, pois quem ama, ou já amou, nunca esquece o quanto o amor é importante em sua vida.

Um dos primeiros sintomas que nos mostra que o AMOR está adoecendo, é a forma negativa, com que duas pessoas por ele plugadas, inadvertidamente, passam a  se  tratar.  Então, só notam que seus sentimentos foram feridos, sem saber o porquê. Tanto pode acontecer por parte de um homem, quanto de uma mulher, por não perceberem qual o tipo de amor que um ou outro necessita. Começam, assim,os primeiros conflitos e o esmaecimento afetivo.

Quando as pessoas acham que não são mais amadas tanto como antes, passam a agir de forma diferente. Como resultante desse descontentamento, pouco a pouco deixam de fazer o que faziam antes, quando do surgimento da paixão tresloucada e da sua transmutação para o amor.

A mente apaga, aos poucos, o passado romântico como: um olhar no olhar, os gracejos, os abraços ou os toques sutis, por exemplo, ou quaisquer outros atos, que deram origem ao sentimento. Ou ainda, a noite mágica em que sonharam acordados até o dia amanhecer, antes que a lua e a estrela brilhante, se retirassem do cenário, tornando-se o maior símbolo do sentimento que ali nascia. E a música especial, que pouco a pouco deixa de expressar o grande momento que a fizeram ser, o hino desse amor. E, ainda deixam de recordar cada momento especial, que viveram ao toque, da primeira estrofe.

E, afinal,  deixam de pensar um no outro a cada dia que passa? Será que também não é um sintoma de que o vínculo sentimental está merecendo uma atenção especial, antes que feneça?


O amor perde seu sistema imunológico quando param de cuidar dele, sem se aperceberem dos seus vestígios de cansaço. E passa a adoecer quando é relegado a um plano inferior.

O amor adoece quando deixa de ser um elo importante entre duas pessoas que passam a querer um do outro, atenção, carinho, admiração, aceitação e devoção, sem perceber que ambos estão, cada vez mais distanciados.

Sentindo-se infelizes, culpam-se mutuamente, pelos seus infortúnios. Surgem as desculpas, que não curam e só comprometem a integridade do sentimento. Esqueceram-se do quanto foram felizes, quando estavam envolvidos, totalmente. Buscam a felicidade, tentando um mudar o outro, porque não se sentem mais aceitos do jeito que são, esquecendo-se que também estão agindo do mesmo modo.

E quando o amor está morrendo, ele faz com que as pessoas deixem de sentir prazer e que passem apenas a sentir obrigação de manter uma relação quase fantasiosa. Sem perceber, cada um busca um motivo para ficar ausente ou distanciado. Usam-se artifícios, desculpas e qualquer outra coisa que justifique a atitude pessoal de cada um.

Instaura-se a falência da relação afetiva, que tende a desaparecer, como se a paixão, o amor e tudo mais, que foi alimento de duas almas, não tivessem existido.

Na busca por alternativas, não se encontram respostas seguras e adequadas, porque o amor não vem acompanhado de bula;


E escrever passa a ser de novo o principal alento dos meus dias, tão quietos...

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

(Des)Concerto

 

Quero-meu-amor-proprio-o-resto-kkk

Dá mesmo um desespero de ver os dias escorrendo pelo ralo, os minutos escapando pelos dedos e tudo que era deixando de ser.

Dá vontade de agarrar uma época com as mãos, pedir pra ela ficar mais um pouco.

'Calma, fica tranquila, isso é só o tempo passando.' – Contemporizo eu. - 'Nada além disso, vamos manter a calma.'

Dá vontade de ficar com a gente pra sempre, mas a gente escapa de si diariamente.

A gente pisca e já não é o mesmo, sorri e muda de pensamento, chora e muda de opinião.

A música antes audível está sendo abafada por sons inúmeros, crescentes e insistentes. Sons que fazem seu papel arruinante, prontos para enganar os distraídos e distrair os enganados.

A verdade é que a gente se abandona a todo momento e só um distanciamento interpretativo é capaz de permitir conclusões tão óbvias: ando morta de saudades de mim.

his_dream_by_duchesse_2_guermante

Texto dedicado a todas as mudanças da vida, inclusive as mais imperceptíveis e importantes: aquelas que se passam dentro da gente.