Eu sinto saudades.
Coisa estranha essa tal de saudade. Você não vê, não pega, mas ela está ali.
Saudade dói. Dói forte. É como se alguém estivesse apertando o seu coração; estrangulando-o. É uma dor imaterial. Não dá pra fazer curativos. Não é nada sólido que se possa eliminar. Mas há consistência neste imaterial; Há densidade e força.
Eu sinto saudade dos sonhos. Do cheiro. Do gosto. Do carinho trocado. De tudo que poderia ter sido. Do que ainda poderá ser. Eu sinto saudade das palavras doces. Do olhar carinhoso. Dos planos loucos. Eu sinto saudade também do que não existiu, porque abriu espaços para o querer.
Eu sinto saudades. Ela mora em mim. Um dia, quem sabe, pára de doer…